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Estúpido Aluga-se

Estúpido Aluga-se

É uma porra explicar a morte aos miúdos.

A morte é complicada para os adultos, mas acreditem que explicar a uma neta de 4 anos que nunca mais vai ver o avô é uma tarefa hercúlea.
1 ano depois da morte do meu Pai a minha docinho resolveu questionar-me de forma séria porque não o podia ver, o primeiro sentimento que nos ocorre é uma série de asneiras mentais para conseguir conter as lágrimas e depois explicar, a única explicação que aceito para com as minhas filhas é a honestidade e por isso disse-lhe que o avô tinha falecido (morrido), o conceito de morte para as crianças é um pouco dúbio e por isso lá tentei de forma pedagógica explicar-lhe.
Ela disse-me então que nunca mais o ia ver, ao que eu lhe disse que tinha as fotografias para se lembrar dele, e cada vez que sentisse um afago no seu cabelo sem ninguém por perto, seria ele.
Não sou dado a estas coisas da vida para além da morte, mas espero de facto que esse afago aconteça, já que poucas vezes o tive.
Beijo Pai.

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A força de muitos, destrona a fraqueza de um.

A man wanting to jump off a bridge in London, talked round by absolute strangers who proceeded to hold him for an hour until help arrived to get him down safely

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Numa sociedade egoísta camuflada pela interacção das redes sociais, é cada vez mais recorrente ver o desespero tomar conta do individuo, felizmente muitas vezes o que essas pessoas necessitam é de desabafar com alguém não virtual ou um abraço no silêncio.

Os Kalkitos políticos, que ceifam vidas.

Não tenho palavras para descrever o que podem estar a sentir as familias enlutadas neste momento, apenas posso dar a minha solidariedade.
Por culpa dos vários equus asinus que se sentam alternadamente nas cadeiras do poder, vamos tendo uma política de morte, que usam as pessoas e os seus dramas como kalkitos.
Vejo muitas figuras do aparelho de estado enlutados de falsos moralismos e oposição mascarada na pouca vergonha da acusação vã, esses sim são de facto os criminosos.
Se algum do dinheiro que foi gasto em resgates bancários fosse aplicado em protecção e prevencção do território ou mesmo na aquisição de meios aéreos de combate aos incêndios ou na formação de bombeiros profissionais, o nosso esforço económico não tinha sido em vão.
Desde 1978 nunca vi nenhum governo abdicar do IVA em recolha de bens e mantimentos, têm na dita protecção civil uma mama de meia dúzia de chulecos e nos municípios, incompetentes que apenas adornam planos que datam de 1991.
Enfim, lamento o estado que nos trata como kalkitos.

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