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Estúpido Aluga-se

Estúpido Aluga-se

Não esquecer.

"O Ministério da Saúde “pode e deve racionar” o acesso a tratamentos mais caros para pessoas com cancro, sida e doenças reumáticas, segundo um parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.
“É uma luta contra o desperdício e a ineficiência, que é enorme na Saúde”
Não esquecer as palavras do Drº Miguel Oliveira da Silva do Conselho Nacional de Ética quando chegar (e espero que nunca cheguemos ao estado de calamidade de Itália e Espanha) a altura de decidir quem vive e quem morre.

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Pois.

Um dos problemas de alguns países acatarem as indicações da OMS está na forma como geriu o vírus da gripe A em que a declaração de pandemia nível 6 levou a que a Roche e a Glaxo Smith Kline fossem beneficiadas entre 6 a 9 milhões de € em tempo recorde via comissão de urgência.

O SNS ainda não morreu da dita morte anunciada.

Pela primeira vez Portugal ficou à frente do Serviço Nacional de Saúde inglês e espanhol, num ranking internacional, o Euro Health Consumer Index, que compara o desempenho dos sistemas de saúde de 35 países europeus.
O SNS necessita de uma reforma séria a nível dos Centros de Saúde, a injecção de dinheiro nos hospitais é um disparate patrocinado pelos privados que dominam a opinião política dentro e fora da Assembleia da República, interessa aos antigos jotas e dinossauros do profissionalismo político a proliferação desta ideia que poucos resultados posítivos têm produzido.
Estes desempenhos comparativos são realizados em datas anunciadas para que os números sejam os esperados, o que o SNS necessita de facto é que os Centros de Saúde funcionem de forma efectiva e a extinção da Saúde 24 que é um autêntico sorvedor de dinheiro público sem efeitos práticos.
Para que esta renovação seja possível é necessário a alteração dos quadros dos CS que são pouco provectos, a contratação de mais médicos com vencimentos similares aos hospitais e enfermeiros contratados(e não sob alçada do recibo verde), depois desta reorganização dos CS podemos então investir numa nova cultura de saúde.
Dados do SNS provam que 60% das urgências hospitalares não são de facto urgências mas sim assuntos clínicos que deviam ter sido processados nos CS, a ausência de médicos de família e a organização dos mesmos leva a que muitos nem passem por lá seguindo directamente para os hospitais entupindo os meios que deviam estar direccionados apenas e só para casos emergentes.
Isto não desculpa no entanto a quantidade elevada de médicos sem vocação que se encontram nas urgências espalhadas neste país, mas este é um assunto que fica para outro post.
Foto.@sapo 

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