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Estúpido Aluga-se

Estúpido Aluga-se

Sobre as +de 8h de espera no Hospital Beatriz Ângelo.

Se estão revoltados, não façam barulho com os auxiliares, funcionários administrativos, ou mesmo enfermeiros, quem vos chama ou não são os médicos e mais ninguém, e já agora quando entrarem no gabinete do médico reclamem, tenham tomates para reclamar e serem as bestas que foram com os anteriores referidos, de referir ainda que existem médicos e médicos, não podemos meter todos na mesma balança, mas aí a culpa é das chefias.
Seria interessante já agora o informar que os quadros são actualizados de 2h em 2h, não vi um único jornalista a questionar ou a tentar perceber o porquê, já agora fica o aviso para a restante navegação, a app até ver é a única fonte fidedigna, repito...até ver.
Também seria interessante o perceber que o investimento tem de ser nos Centros de Saúde e não nos Hospitais, mais de 50% das urgências diárias são assuntos do foro dos CS e não de emergência hospitalar.
Não posso deixar de referir no entanto essa treta de nome , a maior parte das urgências com encaminhamento hospitalar são pulseiras verdes.

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Infantários e creches vs pais e médicos do SNS.

Recorrentemente os pais que levam os filhos aos centro de saúde ou hospitais para consultas de urgência têm o drama dos atestados ou documento médico no retorno da criança aos infantários e creches, estas instituições aproveitam o facto de os progenitores desconhecerem a lei para exigirem o que a lei não determina ou obriga.
Muitas crianças vão ao médico com quadros clínicos que exigem análises de urina apenas e não de sangue ou vice-versa(embora aquando das de sangue a de úrina seja bastante frequente), o que os infantários querem é que o médico se responsabilize com um documento escrito que a criança não tem qualquer doença infectocontagiosa, ora como é óbvio o médico não pode desterminar que um determinado quadro seja multiplicado para todas as doenças, levando este problema ao extremo de não aceitar sequer o documento de alta que alvitra a condição de saúde do menor.
Isto também acontece na admissão ou renovação da inscrição da criança nas ditas instituições, o que os médicos de família e as unidades de saúde familiares alegam é que não são obrigados a passar o atestado e puxam em sua defesa do Decreto-Lei n.º 242/2009 de 16 de setembro, para o qual "a saúde é hoje entendida como uma responsabilidade conjunta dos cidadãos, sociedade e Estado", pelo que "a robustez física e o perfil psíquico exigidos para o exercício de funções profissionais, públicas ou privadas, são comprovados por declaração do próprio candidato, a qual assegura o cumprimentos dos requisitos".
Por isso o que os pais têm de saber é que a lei determina tanto na inscrição como na doença que os encarregados de educação apresentem na creche ou infantário uma declaração responsabilizando-se de que a criança não possui doenças infetocontagiosas.
De facto as instituições defendem-se com a má intrepretação da lei e que não podem aceitar uma declaração assinada pelo encarregado de educação, porque a apresentação do atestado médico é uma exigência imposta pela própria Segurança Social mas que segundo o Serviço Nacional de Saúde essa imposição é ilegal. No meio deste toma lá dá cá ficam os pais e encarregados de educação, que têm de abdicar do seu tempo útil de trabalho para correr atrás de uma declaração médica que ninguém parece conseguir assegurar como sendo absolutamente necessária.
As unidades de saúde familiares "médicos de família" só passam atestados médicos em contexto de consulta ou vindos da urgência hospitalar caso exista a necessidade de solicitar assistencia familiar.
Estamos a falar de um país que tem 33% das crianças entre o e 3 anos em infantários, por isso seria interessante que em vez de petições para discussão dos títulos nacionais na Assembleia da República, colocassem um ponto final nesta importante discussão que afecta o dia-a-dia de tantos pais neste país.

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Somos um País de Xicos-Espertos, com um claro défice de Xicos.

Temos uma nova lei que exige a obrigatoriedade de prestação de atendimento prioritário às pessoas com deficiência ou incapacidade, pessoas idosas, grávidas e pessoas acompanhadas de crianças de colo a todas as entidades públicas e privadas que prestem atendimento presencial ao público, sendo estabelecido um quadro contraordenacional em caso de incumprimento.
Começamos então com a questão "pessoas acompanhadas de crianças de colo" e aqui começa a Xico-Espertice Portuguesa, crianças de colo não são crianças ao colo, e talvez seja um problema explicar a umas quantas alminhas estúpidas que nem uma porta que a lei determina como crianças de colo até 24 meses de idade.

É triste quando temos de ter leis a suplantar o bom senso e a boa educação entre cidadãos.

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Deixo aqui também uma observação aqueles papás que levam as crianças para as urgências de adultos de forma a tentarem colher benefícios do facto de estarem com uma criança, não tendo esses mesmos papás dois dedos de testa para perceber que estão a expor a criança ao risco de contaminação.

Letra de Médico é lixada.

Estúpido:

Drº os medicamentos que o senhor prescreveu não estão a melhorar a minha Jresfgoenque.
Médico de Familia:
Mas o que é isso de Jresfgoenque?
Estúpido:
Exacto, os senhores da farmácia também desconhecem, e por isso continuam sem poder aviar a porra da receita.

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De referir que o Estúpido desta vez traz a receita electrónica para evitar problemas de ortografia.

Môço vê si acilera isso pá eu.

São sempre curiosas as comparações e considerações sobre o algo menos positivo quando estamos longe do nosso País de origem.

Ter uma senhora a criticar o nosso SNS é algo que não espanta ninguém, os tempos de espera são sempre dilatados os serviços nem sempre são os melhores e os cuidados médicos nem sempre são os mais adequados, mas ter uma cidadã brasileira a criticar em alta voz e com termos menos educados e jocosos para com o País que a acolheu já é esticar a corda.

A estimada utente na urgência gritava indignada o facto de ter sido dada na triagem uma pulseira verde, dizendo que era uma vergonha a saúde em Portugal(ela disse uns quantos palavrões que não irei reproduzir) e que não percebia como era possível estar à espera duas horas para ser consultada pelo médico de urgência.

Como sou um sacana educado perguntei "a senhora é de que parte do Brasil?"..."sou de Porto Velho em Rondônia e digo pá você, aquilo lá não é como aqui não"...repliquei então..."é curioso a senhora dizer isso, porque estava a ler à dias que o pior hospital do Brasil é exactamente o Hospital João Paulo II em Rondônia com tempos de espera médios de 16 horas(bendito google), e já que a senhora referiu que o Brasil é melhor que Portugal...porque veio para cá então???

A senhora não gostou, disse umas quantas frases indelicadas e depois disse para a senhora da admissão do hospital..."Môça vê mas é si acilera isso pá eu".

Enfim, a saúde por cá é má, mas garanto-vos uma coisa...com sotaque é bem pior.

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