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Estúpido Aluga-se

Estúpido Aluga-se

O medo da coragem.

A reflexão luminosa de Luís Filipe Vieira em relação a Rui Vitória foi morosa e isso até o mais indefectível defensor do sonso concorda.
Lage fez deste Benfica o rigor da ironia, o carácter de intervenção na forma como aborda cada jogo, criou uma quase insuperável qualidade oficinal na forma como aglutina a experiência com a juventude, e tem um diálogo 
impermeável ao demagógico, algo que irrita os nossos adversários e comunicação desportiva em geral.
Com Lage ninguém baixa os braços, com Lage não se defende resultados tangenciais, com Lage o pormenor nunca se distrai, e principalmente tem um grau de exigência, de rigor, que é um valor acrescentado. 
Irá perder jogos, faz parte caros consórcios, mas prefiro perder a lutar que a andar de escroto apertado.

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O pequeno Génio.

Para muitos Benfiquistas, Eusébio da Silva Ferreira será o expoente máximo dos jogadores com o manto sagrado, é compreensível, mas para este vosso amigo, Fernando Chalana foi o jogador que mais apreciei com as cores do manto vestido.
Como não lembrar aquelas 56 jornadas consecutivas sem derrotas pela mão de John Mortimore, onde o pequeno génio marcou 15 golos (onde pontificaram os golos ao Sporting Clube de Portugal e Futebol Clube do Porto), apenas a ser ultrapassado pelo calções limpos “Néne” com 31 golos.
A sua velocidade com e sem bola era deliciosa, as suas deambulações um bailado, era um jogador de fino recorte técnico que tinha no seu bigode a sua imagem de marca, bigode esse que o fez ganhar a alcunha de “Chalanix”, nome que o barreirense ganhou no Bordéus, pela sua altura e bigode fazerem lembrar Astérix, a sua venda permitiu ao Sport Lisboa e Benfica fechar o terceiro anel do Estádio da Luz, graças à entrada de 300 mil contos (1,5 milhões de euros).
Foi no entanto o primeiro jogador a sentir o peso dos media fora dos relvados devido ao seu truculento relacionamento com Anabela.
Hoje ficámos a saber que Fernando Chalana sofre de Alzheimer, uma doença degenerativa  que irá certamente deixá-lo sem estas memórias, mas nós Benfiquistas nunca te vamos esquecer.

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Ninho das Águias

Eis um novo projecto onde estarei com mais 10 malucos pelo Benfica.
https://ninhodasaguias.eu/2018/05/21/a-minha-seleccao-nacional-e-o-sport-lisboa-e-benfica/
Pode parecer estranha esta minha observação pouco patriota, mas a verdade é que apesar de desejar o melhor à nossa selecção não vibro com ela.
O mundial de futebol na Rússia está aí à porta e faço questão de fazer este artigo no dia em que a Federação Internacional de Futebol (FIFA) iguala os anos do Sport Lisboa e Benfica.
Muitos benfiquistas têm a selecção como um segundo amor, mas a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) tem o mesmo sentimento para connosco, o primeiro jogo oficial da equipa das quinas ocorreu a 18 de Dezembro de 1921, a estreia da mesma num campo (estádio) do Sport Lisboa e Benfica só ocorreu em 1971 (17 anos depois da inauguração do Estádio da Luz), o Benfica desde a estreia da Selecção Nacional teve a Quinta de Marrocos, Amoreiras, Campo Grande e Estádio da Luz para receber os jogos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), sendo que a mítica catedral foi inaugurada em 1954 e o primeiro jogo da Selecção das Quinas apenas ocorreu em 1971.
Mesmo ignorando a ausência até 1954, é curioso perceber que durante a década mais vitoriosa a nível europeu e na qual o Sport Lisboa e Benfica foi a par do Real de Madrid o clube mais importante da Europa (tendo atingido nesse período cinco presenças em finais em oito anos na Taça dos Clubes Campeões Europeus), foram 17 anos de ausência numa altura em que muitos gostam de recordar como sendo o período do antigo regime (o tal que era dominado pelo Benfica) mas que tinha nas estruturas governativas e federativas os mais altos elementos do estado novo que vestiam de azul/verde e branco.
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) foi reconhecida na Europa através do Sport Lisboa e Benfica e não vice-versa, estamos a falar de uma federação que acolhia campeões e bi-campeões europeus e que jogava exclusivamente nos estádios do Futebol Clube do Porto, Sporting Clube de Portugal e Clube de Futebol “Os Beleneneses” e obviamente o Estádio Nacional (pertença do Estado), era este o reconhecimento que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) nos dava em troca.
Quando olho para os portugueses que colocam nos carros como símbolo de identificação nacional o logo da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) até fico com os “azeites”, se forem do meu clube então nem percebo, Portugal é a sua bandeira e não um logo de uma entidade que nunca ou quase nunca respeitou o Sport Lisboa e Benfica, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) se goza hoje de reconhecimento internacional deve-o ao clube que nas décadas de 60/70 carregou o nome de Portugal pelo Mundo.
Hoje o Estádio da Luz vive na sombra de um amuleto para a Selecção Nacional, mas a história foi feita para ser contada e nunca esquecida, assim como os seus intervenientes, relembrar que jogadores como, Germano, Coluna, José Augusto, Fernando Cruz, Costa Pereira, José Águas, entre outros nunca jogaram com a camisola das quinas no seu estádio, e que Jaime Graça (1 jogo), Simões (2 jogos) e Eusébio (3 jogos) foram os únicos a fazê-lo sendo que o Rei Eusébio nunca marcou no Estádio da Luz com as cores da Selecção Nacional.
Por isso lamento se não celebro os golos da nossa Selecção Nacional com a mesma intensidade como os do Manto Sagrado, mas o meu ADN é do Sport Lisboa e Benfica.
Boa sorte para o Mundial.
Estúpido Aluga-se

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